sábado, 28 de maio de 2011

A roubada do Disney on Ice

A ingênua criatura aqui guardava boas lembranças do Hollyday on Ice no Maracanãzinho, e lá foi levar Sofia. Comprou pela internet, com showpass do mastercard, um exercício de fé. E, na semana que começou com a felicidade e o orgulho de ver Paul no Engenhão com rigorosamente tudo dando certo - ida e volta de trem com conforto e simpatia de funcionários e usuários, todos gentis, oferecendo ajuda e agradecendo -, claro que na quarta seria demais esperar um bis.
Chegamos com uma hora de antecedência e mofamos numa fila única inexplicável do lado de fora, com os portões fechados e o enxame de flanelinhas, camelôs vendendo bugigangas e desocupados esperando a hora de dar bote em mães distraídas. Abertos os portões, nova fila para o setor, depois de uma outra fila do showpass, mal sinalizada. Lá dentro, saco de pipoca a R$ 10 e R$ 25, copo d'água a R$ 5 e algodão doce a R$ 20. E o espetáculo em si? Uma enganação, roteiro malajambrado, juntando Mickey com Toy Story, Os Incríveis e uma tal bruxa Malévola, de que Sofia gostou por ter chifres. Um negócio bobo demais pra quem tem a idade boa de curtir um show. Os pequenos dormem ou se aborrecem por não entender ou enxergar; os mais velhos acham legalzinho, mas haja paciência pra duas horas de pasta de amendoim. E o detalhe sórdido: um espetáculo tão típico da nossa cultura popular não poderia deixar de ter o patrocínio do Ministério da Cultura.
Quem mandou...

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