domingo, 11 de julho de 2010

Meu reino por uma babá

Faz sete meses que eu não durmo/pois ganhei o meu galinho. Não sei como resisti tanto tempo, mas amanhã começa uma babá. Sempre achei um luxo, mas agora, dadas as circunstâncias, é item de primeira necessidade. Preciso de alguém que reveze comigo pelo menos duas noites por semana, e não pode ser meu marido nem minha mãe, então que venha ajuda de fora.

Já tinham me advertido das agruras do mundo das babás, que começarei a viver agora. Uma das primeiras coisas que constatei é que não param em casa alguma. E as mais preparadas, com ótimos salários, ao ver você com as olheiras no pé e desesperada, fazem mil e uma restrições.

A primeira que consegui gostar saiu daqui acertada de começar segunda-feira passada. Furou. Nem ligou pra dar qualquer desculpa. Quando liguei perguntando cadê ela, o que tinha acontecido, fez um muxoxo e disse que tinha que "tinha entendido outra coisa" e que ia à tarde em outra entrevista, me ligava depois. Não ligou. Meu mundo caiu, estava no último suspiro de bateria e contei que naquela segunda-feira, enfim, dormiria. Bruxa malvada. Ingrata. A pessoa, bem recomendada, tinha passado uma hora aqui e se materializado na solução dos meus problemas, e foi tudo ilusão. Caí doente, Sofia ficou dias de mau humor porque eu tinha dito que a babá ia vir - "você me mentiu!", acusou ela, que tem fixação com a ideia de ter uma babá.

O pediatra do Cosmo, que tem tentado me ajudar (mas compreensivelmente não pode passar a noite aqui), ao olhar minha cara na sexta-feira, mandou: "Deixa o bebê em casa e vá pra um hotel. Ele está ótimo, você é que precisa urgente de seis, sete horas de sono."

Mordi a língua por ter duvidado do amigo de uma amiga que, quando ela engravidou, ensinou: "Antes de tudo, contrate uma babá. Você vai precisar".

Espero, claro, que a pessoa que começará amanhá seja uma boa parceira, e que seja infinito enquanto dure, posto que é chama. E que em breve eu possa ter a minha tão sonhada noite de sono.

Quanto ao sono interrompido do Cosmo, estamos usando homeopatia, florais, chás, além de dicas do "Encantadora de bebês" e do "Soluções pra noites sem choro", com pouco sucesso. Continuo contra o "deixar chorar", mas, diante do meu próprio limite, entendi que preciso adotar uma medida firme. Amanhã começo a ler o "Nana neném". Mas aí é outra conversa.