Vi com Sofia outro dia “O pequeno príncipe” na versão musical, com Gene Wilder e Bob Fosse. Adorei relembrar que o menino desenhava com esmero uma cobra que devorara um elefante, e, ao mostrar aos adultos, sempre ficava frustrado com a reação: “Ah, sim, é um chapéu”. Fiquei com isso na cabeça depois de levar Sofia para “conhecer” o bebê, na ultrassonografia. Estou entrando na 17ª semana. Da última vez, ao saber que eu ia “ver” o bebê, ela pediu pra ir junto, mas achamos melhor esperar um pouco mais, porque o bebê, ainda minúsculo, estaria pouco “inteligível”, e porque era um exame delicado, o da translucência nucal, que gera certa ansiedade. Desta vez, era tranquilo, e poderíamos saber o sexo do bebê.Combinamos que na próxima ela iria, e explicamos que o bebê apareceria numa televisãozinha em preto e branco, um esqueletinho meio engraçado. Foi o que ela viu. Só não identificou, naquela imagem disforme e fugaz, um bebê de verdade dentro da minha barriga... Empolgados, apontavávamos pra ela a cabeça, os bracinhos, perninhas... ”Olha, filha! Alá o coração batendo, aquela manchinha ali, do lado daquela outra, que é o quê mesmo, doutor? Ah, os pulmõezinhos!” Sofia até que se esforçou no início, mas depois de certo tempo já respondia, quase bocejando: “A-hã...” Por fim, ela se distraiu com a porta do trocador, e me dei por vencida. Tudo bem, o essencial é invisível aos olhos. Ah: é um menino!
PS: Este post também está no Mães em Rede, blog muito legal em que estou colaborando, assim como várias outras mães e pais jornalistas, em estágios diversos da mater-paternidade.
Sofia vai ganhar um irmãozinho, que maravilha!
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