Alguma coisa não encaixa bem nessas famílias felizes de comercial de margarina. Fico me perguntando: e quando acabam os 30 segundos, e quando acaba a entrevista, será mesmo que tudo continua dando certo assim? Tá mal contada essa história, vocês não acham? Porque na minha família (e na dos amigos que me contam suas experiências), coisas dão errado.
De vez em quando tenho que meter a filha à força no chuveiro, levo tapa em crises de ira dela e, se a conversa e o tempo pra pensar não surtem efeito, dou palmada. E choro de madrugada exaurida porque o bebê desperta às quatro da manhã e penso por que mesmo me meti nisso (pra me lembrar no instante seguinte que amor é isso, mas eu choro de cansaço). Nesses tempos de politicamente, ecologicamente, psicologicamente correto, além de triste e desgastada, me sinto culpada, porque raras são as pessoas que confessam "pecados" assim... Pecados ou humanidades? A vida real é a minha, a sua, a que rola depois nos bastidores. E aí, Gisele, aí não tem dor de barriga nem cocô explosivo? Fome fora de hora? Golfada na blusa nova na hora de sair, choro de cansaço? E o que fazemos quando o diálogo se esgota, as forças acabam e a técnica da Supernanny, ou do Içami Tiba, falha? Porque falhar, falha. Ou não seríamos humanos.
PS: Este post é dedicado à Nara, com quem compartilho tantos desses pequenos dramas da vida real.
Tô aliviada em saber que existem mais pessoas "imperfeitas" como eu.
ResponderExcluir; )
Ô amiga, chorei, chorei...ai, ai
ResponderExcluirobrigada, obrigada por ser real, imperfeita, por vezes triste e por vezes muito feliz como eu e junto a mim.
Te amo, amo vocês,
Nara
Coloquei seu blog na minha barra de favoritos... adoro o jeito como voce escreve ! E pode me colocar na lista de mães imperfeitas, reais e NORMAIS !!! Beijos !
ResponderExcluirMinha mãe nunca foi perfeita. Uma mulher que, com seus motivos, despreparos, desacertos e sua dose de ignorânica, chegou a me dar uma surra de cinto... Mas, sabe, cada vez mais, a cada conquista que tenho na vida, me lembro dela. E quando ela for embora, vou ficar doido de saudades...
ResponderExcluirOlá Ítala, sou pai, e não mãe, mas li seu post no blog Mães em rede e vim aqui comentar no seu blog original. Esse seu texto me lavou a alma... porque por mais que ame minha filha e procure fazer tudo como manda o figurino da psicologia moderna eis que me surpreendi há pouco até dando palmada, coisa que sempre fui contra. Mas enfim, só pai e mãe mesmo pra entender como é difícil educar nossos filhos... obrigado por compartilhar sua opinião!
ResponderExcluirSandra disse...
ResponderExcluirNunca fui perfeita em nada, tenho dois filhos maravilhosos, brigamos juntos, choramos e fizemos as pazes sempre,
Dei tapa, gritei,chorei mas criei e hoje estão no mundo só dando felicidades e alegrias.
Um detalhe, um tirou a fralda com 3 anos e o outro com 2, tudo normal, sem precipitação....
Muito bom!!! Eu sou a primeira a desglamurizar a vida de uma mãe recente...chorei e choro várias vezes... de cansaço, de ansiedade, de desespero e tb de alegria. Ter filhos dói! E não estou falando do parto... é como diz o poeta: é ter pra sempre o coração fora do peito!
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelo texto! Beijos
ai, que alívio! rsss, adorei o texto! Maravilhoso! Desabafo de mãe é bom né? ;-)
ResponderExcluirBom, itala minha amiga. Eu nao tenho filhos, mas posso afirmar que as incertezas e imperfeicoes da minha mae ja contam como experiencias. Sendo a filha mais velha de um rebento de tres (e tambem a mais louca) foi criada a base de "havaianas voadoras". Sim, porque com um bebe no colo e segurando minha irma pequena pela mao, nao sobrava tempo de educar a mais velha, entao a alternativa? Sem supernanny ou livros de auto-ajuda? Joga-se havaiana na menina sapeca!!! Acho que sai normal (pelo menos eh o que dizem a boca pequena...)
ResponderExcluirAinda bem que voce eh uma super mae imperfeita! Os filhos saem mais interessantes e loucos. lots of luv!
mAS BÃO MERMO É CAGAR NO MATO E LIMPAR COM FOIA DE URTIGA SÔ...
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